Com planejamento e determinação, é possível vencer a falta de recursos e tirar o sonho do papel.
Você já pensou em empreender, mas desistiu por não ter dinheiro para isso? Calma! Alguns cases de sucesso de grandes empresas surgiram justamente assim: com poucos recursos, mas muita vontade! E para provar que é possível, nós reunimos cinco negócios que conseguiram tirar o sonho do papel mesmo com a falta de verba.
Vamos conhecê-los?
Kemp
A Kemp surgiu em 2006, quando a arquiteta Barbara Kemp decidiu largar o seu emprego em uma instituição financeira para abrir o próprio negócio. Porém, os laços com a empresa continuaram, quando ela decidiu participar de uma licitação que iria possibilitar a mudança da concepção visual de todas as agências bancárias da empresa no Nordeste. Como ela teria que se mudar para a região, preparou logo a mudança com o seu marido e sócio, Rogério, para Fortaleza, no Ceará.
Porém, o que parecia ser o início de uma nova fase profissional mostrou-se um grande desafio: poucos dias antes do embarque, eles descobriram que outra empresa havia vencido a licitação! Com isso, o primeiro ano de existência foi difícil para a Kemp e o casal teve que viver com apenas o mínimo para conseguir pagar as contas, já que não havia outra fonte de renda.
A recompensa veio três anos depois, quando o nome Kemp tornou-se conhecido como sinônimo de excelência em engenharia, arquitetura e gerenciamento de obras. Hoje, no portfólio, eles contam com projetos personalizados para empresas como Tok&Stok, Santander, Lojas Americanas e Leroy Merlin.
Descubra o Mundo
O Descubra o Mundo é fruto do trabalho de dois irmãos: Bruno e Gabriel Passarelli, que iniciaram o negócio em 2011 com todo o dinheiro que eles tinham na poupança. Com cerca de R$ 15 mil, eles criaram um marketplace exclusivo para programas de intercâmbio. O objetivo era reunir em um só lugar tudo que o estudante ou profissional precisava saber para viver essa experiência da melhor forma possível, desde as melhores escolas, até dicas de viagem.
Para eles, o passo mais importante foi criar um Produto Viável Mínimo, ou seja, um protótipo que serviria para testar a recepção do público e ajudá-los a entender se eles estavam no caminho certo. A partir daí, eles foram fazendo os ajustes necessários no projeto para deixá-lo o mais atrativo possível para o mercado.
Hoje, eles são considerados a melhor agência de intercâmbio online do Brasil e já foram destaque em diversas publicações dedicadas a negócios, economia e empreendedorismo, como a Revista Exame, o Estadão, o Valor Econômico e o Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
Involves
A Involves é outro exemplo de que você não precisa empreender sozinho! Nesse caso, a empresa de tecnologia foi fundada por sete sócios e com um investimento de apenas R$ 100 de cada um, em 2008. De acordo com um dos fundadores, André Krummenauer, eles precisaram trabalhar em outros ramos no início do projeto, para que fosse possível sustentar o sonho do próprio negócio.
Por isso, como um plano B, eles continuaram prestando serviços para empresas que precisavam desenvolver softwares ou portais. Foi somente quando esse segundo plano se tornou apenas 10% da receita mensal que eles finalmente encerraram os serviços e focaram no que planejavam desde o princípio: desenvolvimento de backend, front end, full stack, marketing e outros meios.
De acordo com André, a parte mais importante para começar a empreender com pouco dinheiro é se planejar financeiramente e psicologicamente para os momentos difíceis, pois eles com certeza virão, e é preciso determinação para continuar investindo no negócio e seguir em frente.
Sapatilha na Sacola
E se a gente te contasse que essa rede de franquias, que está presente em quase todos os estados do país, começou com apenas R$ 300? A fundadora, Letícia Penna, iniciou o negócio em 2011 e focou em coletar as principais informações do mercado para montar um bom plano e entender exatamente como dar cada passo.
Em muitas entrevistas, ela reforça que isso só foi possível porque ela dedicou um tempo para entender quem era o público consumidor e colocou na ponta do lápis quais gastos eram absolutamente necessários. Assim, ela evitou fazer as coisas no achismo, o que, consequentemente, também ajudou a economizar dinheiro.
Outros pontos importantes para a expansão da empresa, de acordo com a empreendedora, foi ter uma boa rede de contatos para eventuais necessidades e não ter medo de pôr a mão na massa. Afinal de contas, mesmo com todo o planejamento, nenhum negócio vai para frente sem uma boa dose de coragem e ação!
Tia Sô Minidelícias
Muitos novos negócios surgem da necessidade, como foi o caso de Luís Belentani. Após ser demitido da empresa em que trabalhava como gerente comercial, ele sabia que uma recolocação no mercado de trabalho seria difícil devido à idade. Por isso, resolveu pegar o dinheiro da rescisão e tirar um sonho antigo do papel: ter o seu próprio negócio no ramo da alimentação.
Foi assim que nasceu a Tia Sô Minidelícias, uma loja de salgadinhos que virou uma grande rede de franquias presente em seis estados do Brasil. O início foi na cidade de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, em 2014. Mas, hoje, o empreendimento já conta com mais de 60 unidades espalhadas pelo país e um faturamento que ultrapassa R$ 15 milhões de reais.
O crescimento não demorou muito para acontecer. Veio apenas seis meses depois da inauguração da primeira loja e dentro de um ano já tinha oito novas unidades, duas em reforma e uma fábrica própria em construção. Para a família Belentani, que entrou no negócio junto com Luís, o segredo do sucesso foi definir metas reais e ter uma boa gestão estratégica para oferecer uma base sólida que garanta resultados para os franqueados.